Por dentro do PS4: as armas da Sony para a próxima geração.

O PlayStation 4 está cada vez mais próximo. Mesmo depois da enxurrada de novidades apresentada pela Sony durante a revelação de seu novo console, em fevereiro, muitas informações sobre o aparelho ainda permaneciam em segredo e começaram a ser reveladas aos poucos nas semanas e meses seguintes.
E como não poderia deixar se ser, a E3 deve ser o momento no qual todas as questões que ainda permanecem no ar serão respondidas. A empresa agendou sua conferência no evento para o dia 10 de junho e, como já havia sido anunciado, muitas das novidades sobre a plataforma da próxima geração serão mostradas lá — isso sem falar que o sistema em si estará no estande da fabricante para que possamos testá-lo!
No entanto, ainda falta um mês para que tudo isso se torne realidade. Por outro lado, isso não significa que há nenhuma novidade sobre o PS4 para satisfazer nossa ansiedade. Mais detalhes sobre os recursos exclusivos foram comentados e até mesmo elementos da configuração foram especificados, revelando um pouco mais do potencial do sucessor do PS3.

Só que, desta vez, não foram rumores ou vazamentos que trouxeram essas especificações, mas próprio chefe da equipe de desenvolvimento de arquitetura da Sony. Em entrevista ao siteGamasutra, Mark Cerny comentou algumas das características do novo PlayStation e um pouco dos desafios da empresa nesta nova geração.
Portanto, chegou a hora de destrinchamos um pouco mais o PS4, trazendo mais alguns dados à nossa análise preliminar da nova máquina da Sony. Se você não pôde conferir a primeira parte, basta clicar aqui e se atualizar do que vem por aí.
Facilidade acima de tudoUm ambiente muito mais convidativoQue a Sony pretende eliminar o fantasma da complicação de sua vida, todo mundo sabe. Um dos principais pontos apresentados pela empresa durante o PlayStation Meeting, no começo do ano, era que o PS4 traria uma arquitetura muito mais simples, acessível e fácil de ser programada do que o CELL presente no PS3.
Como Cerny explicou ao Gamasutra, essa filosofia se transformou em uma espécie de mantra ao longo dos últimos seis anos. Segundo ele, desde o início de seu trabalho no desenvolvimento do console, em 2007, a ideia era trazer algo poderoso, mas que não fosse um monstro na hora de utilizá-lo.

O responsável pela criação das “entranhas” do PS4 conta que a primeira etapa para dar início ao projeto envolveu muitas viagens para visitar as várias empresas pertencentes à Sony Studios para saber o que a nova geração poderia trazer para melhorar seu trabalho. Uma das respostas mais comentadas era uma arquitetura simplificada e que fosse fácil de trabalhar — o que não acontecia no PlayStation 3.
Desse modo, Cerny estabeleceu como meta que o principal objetivo do PS4 era trazer o melhor potencial possível e longe de qualquer complicação. Como ele exemplifica, não adianta ter todo o poder do mundo se você precisa se dedicar durante anos para resolver um quebra-cabeça que vai liberar essa força.
Por conta disso, como apresentado pela Sony em fevereiro, o novo PlayStation está sendo tratado como um “super PC”, uma vez que ele possui toda a facilidade de criação que os computadores oferecem, com algumas vantagens a mais.
A principal delas é que muitos dos limites existentes no PC simplesmente não estarão presentes na nova geração. São detalhes na parte de hardware que vão fazer com que o console esteja pronto para bater de frente com a chamada “Master Race” em termos de desempenho e potencial a ser mostrado nos próximos anos.
As armas do PS4Ou do que ele é feitoA “ameaça” dos computadores é algo bem presente no desenvolvimento de uma nova geração. Como os PCs não sofrem com a estagnação do hardware, as fabricantes precisam encontrar soluções para compensar essa limitação de outras maneiras — e a Sony já encontrou sua maneira de fazer isso.
Como citado anteriormente, a empresa procurou fazer do PS4 uma espécie de “Super PC”, ou seja, trazer tudo aquilo que faz com que a plataforma seja a queridinha dos desenvolvedores tanto na parte operacional quanto técnica. A diferença é que, em termos de hardware, há algumas modificações que tornam o sistema único.